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FRANCISCO ANTÔNIO DE OLIVEIRA
LOPES
Foi batizado em 1-5-1740, na capela da fazenda do Ribeirão,
Piedade da Borda do Campo. Era filho de José Lopes
de Oliveira e Bernardina Caetana do Sacramento, bisneto de
Antonio Barbosa Matos, e primo de Domingos Vidal Barbosa.
Sua prima Bernardina Quitéria casou-se com Joaquim
Silvério dos Reis, "o traidor dos inconfidentes".
Era chamado "come-lhe-milho" por falar rápido.
Se envolveu na Inconfidência por puro idealismo de liberdade,
pois era rico, poderoso, e não estava endividado.
Casado com Hipólita Teixeira de Melo Carvalho, a grande
heroína da Inconfidência, é dela este
bilhete aos inconfidentes "Tiradentes foi preso no Rio.
Quem não é capaz para as coisas não se
meta nelas. É melhor morrer com honra que viver em
desonra. Quem não reagir será preso. Convoquem
a tropa do Serro e façam um VIVA O POVO!". Não
tiveram filhos naturais e adotaram Antonio, sobrinho de Bárbara
Eliodora. Era Coronel, fazendeiro e minerador, residia na
Fazenda Ponta do Morro, em Prados. Com grande envolvimento
na inconfidência, foi preso e condenado a degredo. No
dia 25-5-1792 foi embarcado para Moçambique, junto
com Tomás Antonio Gonzaga, na nau Princesa de Portugal.
Cantado por Cecília Meireles, em O Romanceiro da Inconfidência:
"Francisco Antonio
Tão gordo, tão gordo,/que vale por quatro,/lá
vai para Vila Rica,/em sela formosa,/em grande cavalo,/o "Come-lhe
os milhos",/ esplêndido e farto.// Parentes famosos/
por diversos lados/ do Rio das Mortes/ ao serro do Frio;/
Pires e Camargos,/ Oliveiras, Lopes, tudo entrelaçado...//
E sítios imensos,/ e imensos escravos.../ E pratas
e louças,/ e roupas e móveis/ e espelhos dourados.../
Tão gordo, tão gordo/ que vale por quatro.//
Lá vai para a serra,/ comentando fatos;/ Haverá
derrama?/ Haverá levante?/ Já mandou recados./
Conspira, organiza,/ anda em sobressalto.// Tão gordo,
tão gordo/ que vale por quatro!/ E diz:"Quem não
mente/ não é boa gente!"/ Lá vai
pelo mato/ caçar com os amigos/ codornas e veados.//
"Quem foi Mr. Franklin?"/ Fala com brocardos:/ "Os
vis não se devem/ meter nas empresas/ que requerem
atos./ Ou morre na lama/ que nem carrapato"// Inventa,
confunde,/ herói, mas velhaco./ É o "Come-lhe
milhos", que irá para Angola/ ruminar cuidados..."
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